domingo, 7 de julho de 2013

O ilusório...


Continuam sendo vereadores e secretários alguns elementos que tratam o processo político com deboche, molequeira. Por que não levam a sério? Por que não são sérios? Por que acham que os eleitores não são sérios? Por que acham que fazer política é coisa de moleque, vagabundo? Tenho certeza que pensam tudo isso. É assim que agem os irresponsáveis que tratam o processo eleitoral com escárnio.

Mas o principal objetivo desses elementos é conseguir uma votação condizente com seus propósitos para barganhar vantagens políticas pessoais junto ao poder público. Que, aliás, não tem a menor preocupação com a qualidade de seus aliados. Os debochados são entes errantes que estão no cenário político para conseguir vantagens individuais procurando superar sua falta de competência pessoal de supri-las.

Quando é que vamos crescer e fazer política de verdade? Quando vamos ter políticos de verdade? Quando vamos ter prefeitos de verdade? Quando vamos ter projetos de verdade? Quando vamos ter eleitores de verdade que sejam capazes de ver essas besteiras sendo ditas emanadas de uma suposta autoridade moral?

Baseado num maniqueísmo rastaquara bem e mal são valores morais que se utilizam para avaliar o resultado de uma ação. Ser maniqueísta é resumir as possibilidades avaliativas a dois critérios só, o Bem e o Mal.

Mas o que é o Bem e Mal? Para quem algo é avaliado como Bom? Por quê? Se analisarmos os políticos-administrativos que se chama de Bem, na verdade é um grande Mal. Uma prática política baseada em conceitos velhos, arcaicos, ultrapassados tais como: nepotismo, patrimonialismo, assistencialismo...

Esse traço maniqueísta quer atribuir o monopólio das ações boas, restando, por exclusão, o Mal para os outros. Se alguém não está com o poder público, que é detentor do monopólio do Bem, então está contra ele e, portanto, do lado do Mal. É muito simples.

O Mal é denunciar as velhas e danosas práticas políticas que acontece em administrações públicas? Sim, alguém inferior sempre é citado em termos de metas a ser alcançadas numa administração pública. Ora, é como se PELÉ quisesse ser o "Rei" do futebol se comparando com os piores jogadores. PELÉ tem que ser PELÉ se comparando com os melhores. A comparação com o ruim não engradece ninguém, pelo contrário, apenas mostra o quanto é ruim também.

Lembrei de SÓCRATES, Filósofo grego antigo, que vociferava contra os Sofistas. Dizia ele que os Sofistas eram farsantes e que realmente não eram Filósofos, na acepção da palavra. Os Sofistas foram os primeiros professores a cobrarem por sua atividade conhecidos no ocidente. Cobravam para ensinar as pessoas a arte da retórica e da oratória. SÓCRATES ficava furioso, e com razão, porque os Sofistas, dizia ele, não estavam preocupados se seus alunos iriam utilizar o que aprenderam para o bem comum ou não. Eles ensinavam os alunos a utilizar o raciocínio lógico para poder se fazer convencer através do discurso. Mesmo que esses discursos fossem falaciosos.

SÓCRATES dizia que o verdadeiro Filósofo é aquele que ensina as pessoas a buscar e conhecer a verdade. Portanto, aquele que se diz "Filósofo" e tem como objetivo levar as pessoas ao erro, ao engano, são farsantes, pilantras. Mas com certeza não são Filósofos. São aquilo que ficou consagrado como sinônimo de sabotagem, engano, indução ao erro, que é o SOFISTA.


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