quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

NIEDE Guidon reclama, mas recebeu R$ 47,5 mi em 3 anos

“O Parque Nacional Serra da Capivara está em crise e corre o risco de fechar, mais de 100 demissões vão ocorrer se não houver mais recursos”. Essas são algumas manchetes de jornais que se tornaram rotina todos os anos, mais de uma vez por ano. A última foi no jornal Folha de São Paulo.

Porém, os números da Transparência Brasil revelam que as contas bancárias da Fundação Museu do Homem Americano, dirigida pela arqueóloga Niède Guidon, não estão tão ruins como se tem divulgado. O que há na verdade é o redirecionamento nas atividades da FUNDHAM, já que a ONG recebeu R$ 47,5 milhões só de transferências federais nos últimos três anos. Porém, menos de 1% desse dinheiro ficou no Piauí. A quase totalidade foi usada em atividades no Estado de Pernambuco.

Os técnicos da fundação estão trabalhando cada vez menos em estudos na Serra da Capivara e cada vez mais em análises e laudos de acompanhamento arqueológico e paleontológico das obras pública, que geram contratos milionários, como o da Transposição do Rio São Francisco. O dinheiro está sendo enviado para essas atividades.

Enquanto isso, apenas R$ 406 mil foram enviados pelo Governo Federal para ser usado exclusivamente na preservação do Parque Nacional de Serra da Capivara, Patrimônio da Humanidade.

Ao jornal Folha de São Paulo, Niède Guidon declarou que, por questões financeiras, das 28 guaritas do parque, que é Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, só 12 têm guarda. "É uma tristeza, mas o dinheiro em caixa dá para pagar só janeiro", disse a arqueóloga. "Se até o dia 31 não chegar dinheiro, teremos que despedir os funcionários."

Ela diz ter gasto fixo mensal em torno de R$ 400 mil, mas, neste mês, a reserva é de R$ 225 mil, sobra de um patrocínio de R$ 1,3 milhão da Petrobras no ano passado.

Além do dinheiro da Petrobrás, a FUMDHAM recebe R$ 80 mil/ano do IPHAN e ainda deveria receber recursos do Instituto Chico Mendes.

No Tribunal de Contas da União não há nada sobre a prestação de contas desse R$ 47,5 milhões que foram recebidos pela FUNDHAM de 2011 a 2013. A fiscalização das contas das fundações fica a cargo do Ministério Público.

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Com informações do 180 graus

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