Se você acredita que os grandes vilões do Enem são os corretores, os temas de redação injustos ou os assuntos cobrados, você pode estar muito enganado. Saiba o que realmente pode prejudicar você na correção da redação
O grande vilão da prova de redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) pode ser o chamado ladrão de cena. Isso mesmo. Pode ser ele o grande culpado pela sua nota baixa na redação. Isso acontece porque o candidato realiza o exame pré-condicionado a um tema específico (fato cotidiano visto em uma notícia do jornal) durante o desenvolvimento do texto e acaba por fugir do tema proposto pela banca examinadora.
De acordo com o professor Francisco Platão, da rede Anglo de ensino, esse é o maior problema enfrentado pelos candidatos do Enem. "A pior coisa que pode acontecer em um exame é o aluno chegar pré-condicionado ao tema e atrair o ladrão de cena", explicou.
O professor Platão acrescenta que mesmo praticando várias vezes o tema da redação, o estudante não deve se prender ao que ele já estudou anteriormente na hora de fazer a prova. "O candidato deve estar preparado para trazer algo novo para a redação, e não se deixar induzir pelo ladrão de cena", afirmou.
Entendeu? Vamos explicar melhor: suponhamos que o tema da redação seja o preconceito das torcidas contra os jogadores negros. Muitos estudantes escrevem na redação a história do racismo ou comenta sobre quem são os principais esportistas afro-descendentes (como o caso do atacante Grafite), e se esquecem de fazer uma análise da violência contra o esportista afro-descendente.
Para não ser vítima do ladrão de cena, o candidato não deve realizar o exame pré-condicionado a um tema e tampouco exagerar na quantidade de exemplos. A dica é mostrar os seus conhecimentos de atualidades (nacional e internacional) relacionando os três eixos avaliados pelos corretores na prova de dissertação (confira aqui) e argumentar, argumentar e argumentar. A prova de redação do Enem nada mais é do que analisar a capacidade do aluno em dar uma solução cidadã para os problemas da sociedade.
Com informações de Maria Lúcia Zanutto - Universia Brasil
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