quinta-feira, 14 de junho de 2012

Como estudar Química...





Esta é talvez, uma das perguntas que você mais gostaria de ver respondida. Tente raciocinar comigo nas linhas seguintes. É possível que você obtenha a resposta já nos primeiros momentos. 

Para aprender a andar de bicicleta recebemos, inicialmente, por própria observação e/ou por instrução de alguém, a informação de que é necessário subir na mesma procurando manter o equilíbrio, de que se deve pedalar etc. Ao recebermos as informações iniciais, estabelecemos automaticamente algumas hipóteses, na nossa cabeça, que procuram simular o andar de bicicleta. Ao tentarmos na prática, confrontaremos a "teoria" com a "realidade" e nesta interação faremos os devidos ajustes "teóricos" e "práticos" de modo a obter o desejado: andar de bicicleta.

A química, também, consiste de resultados obtidos de práticas experimentais e de teorias de algum modo semelhante ao aprendizado de andar de bicicleta e de quase todos os aprendizados...

É evidente, então, que para aprender Química devemos "pôr a mão na massa" ao mesmo tempo que recebemos as informações teóricas do professor e dos livros. É indispensável a prática associada à teoria.

As respostas que recebemos para esta nossa colocação referem-se à ausência ou inadequação de laboratórios nas escolas. Sabemos disto e podemos dizer que, para um grande número de práticas químicas, não é necessário ter grandes laboratórios (até o laboratório pode ser dispensado em muitos casos) nem manipular instrumentos e substâncias caras. Há muitas coisas em nossa casa que pode ser usada. Nas farmácias, nos supermercados, nas quitandas, etc., podemos encontrar muitos materiais e preços baixos. Há livros que trazem descrições de experiências de pequeno custo, que podem ser feitas com produtos facilmente encontrados no mercado. Pergunte ao seu professor!

Não se deve, esquecer, ainda, que além das práticas de laboratório é muito importante prestar atenção nas transformações que ocorrem ao nosso redor, tentando explicá-las. Por exemplo: formação de ferrugem; dissolução de açúcar na água, no café, no leite; a combustão (fogo); o processo de queima do combustível no motor do carro (coloca-se combustível líquido e saem gases e calor, além de movimento mecânico); o uso de antiácidos para diminuir o excesso de acidez estomacal; uso de água de lavanderia (água sanitária, hipoclorito) para deixar a roupa mais branca; uso de soda cáustica (NaOH) para limpar caixas de gorduras das residências etc.

Muitos estudantes alegarão que sentem dificuldades em fazer isto. Em todo aprendizado há sempre um grau de dificuldade que depende do assunto e de cada indivíduo. Aí entra a ação do professor e a interação entre os alunos, além do próprio esforço. É importante tentar a associação e a racionalização dos fatos, trocar idéias com os colegas, procurar observar os fenômenos com atenção e pedir sempre a orientação do professor. Em pouco tempo você se surpreenderá. Verá que, além de ter entendido muita coisa, a memorização foi um acontecimento natural e não um processo penoso, dramático. Perceberá, também, que a sua capacidade de absorver novos conhecimentos terá sido ampliada pelo exercício e pela satisfação em sentir o próprio crescimento.


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